- 4 de fevereiro de 2021
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Em meio à maior crise sanitária e social da história, são nos gestos de solidariedade do nosso povo que encontramos amparo para superar esse momento. Ninguém solta à mão de ninguém e um exemplo disso vem de assentamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Os assentamentos Maria Rosa do Contestado e Padre Roque Zimmermann, localizados na cidade de Castro, no Paraná cultivam mais de 25 tipos de feijão e colheram mais de 4 mil quilos para compor a cesta de alimentos doadas pelo movimento a pessoas em situação de vulnerabilidade.
O alimento também vai ser distribuído para três cozinhas comunitárias de Curitiba: Marmitas da Terra, organizada pelo próprio MST; cozinha da União de Moradores/as e Trabalhadores/as (UMT).
Milhares de brasileiros enfrentam a insegurança alimentar diariamente. A forma de produção e a destinação do alimento transformou o que poderia ter sido uma simples colheita em um dia para renovar as esperanças.
Localizada em uma área cedida por famílias rurais da comunidade, a lavoura é livre de agrotóxicos e foi plantada e cuidada a várias mãos.
Em nota, a produtora agroecológica do assentamento Contestado e da coordenação estadual do MST, Liana Franco agradeceu grupo de voluntários que participou da ação: “Só nos resta agradecer a esse coletivo por somar com a gente nestes 90 dias de trabalho, desde o plantio do feijão até o dia da colheita. Pra nós, não é simplesmente uma colheita, tem um significado muito maior, porque esse alimento é para a partilha.”
O cenário de crise econômica e o aumento da fome têm feito um dos alimentos mais populares e nutritivos no prato dos brasileiros ausente em muitos lares.
Conforme pesquisa levantada pelo IBGE, as vendas do grão despencaram em 35% no Brasil.
A estiagem e a falta de políticas públicas do governo Bolsonaro em apoio à produção de alimentos estão entre os principais fatores para o alimento custar de 6 e 9 reais nas gôndolas dos supermercados.
São atitudes como essa que nos dão esperança em lutar por um Brasil melhor, com mais justiça social, equidade e direitos ao povo.
Juntos, podemos fazer mais pela nossa gente!
#VemSerLeft