LEFTBANK PROJETA PIB DE 0,6% EM 2022 E INFLAÇÃO DE 8% - LEFTBANK

LEFTBANK PROJETA PIB DE 0,6% EM 2022 E INFLAÇÃO DE 8%

Economistas do Banco apontam alta do juros como entrave ao crescimento econômico (Foto: Reprodução)

A tão sonhada retomada da economia brasileira ainda se mostra distante e não vai acontecer no curto prazo, nem neste ano, segundo os economistas do LeftBank. No consolidado de 2022, o Produto Interno Bruto deve ficar em apenas 0,6%. Uma das explicações está no impacto causado pelo aumento acelerado dos juros praticados pelo Banco Central, desde o ano passado, para conter a inflação, que passou a barreira dos 10% em 2021.

 

A Selic, a taxa básica de juros, hoje está em 11,75% ao ano (patamar que chegou a ser previsto para todo ano) e, de acordo com o mercado, deve mudar de novo em breve. É que essa taxa é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central e a próxima reunião está marcada para o dia 4 de maio. A questão é que, quanto mais ela se mantém nessa tendência de alta, mais os especialistas acreditam em desaceleração da economia.

 

Outro fator preocupante apontado pela equipe da Left é o setor de serviços, que possui maior peso na economia do Brasil e em fevereiro sofreu o segundo recuo seguido com queda de 0,2%. De novo, a explicação está no avanço da inflação que vai corroendo a renda e o consumo das famílias.

Aliás, sobre a inflação, a perspectiva dos economistas do LeftBank é que ela feche 2022 em torno dos 8% – acima dos 7,1% previstos pelo Banco Central. Com essa possibilidade forte de alta, a inflação segue pressionando os juros e, com efeito cascata, reforçando a tendência de novas altas na taxa Selic.

 

O que piora o cenário é a falta de confiança para novos investimentos por parte do empresariado nacional. Só o Índice de Confiança do Empresário Industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria, caiu 0,4 ponto em março.

Com tantas dificuldades assombrando os bolsos dos brasileiros, o consumo das famílias, especialmente as mais pobres, deve cair ainda mais, afastando para cada vez mais longe a perspectiva de retomada da economia.

Por André Galhardo, Análise Econômica.

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